POESIAS EM FOCO

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

ERIÇADOS DESEJOS






***

Deixa-me te venerar do meu jeito;
Sara, pois, de mim, esta ânsia,
Dilacera dos meus dias esta saudade
Que como fel amarga no meu peito...

Faze, então, de mim brisa amena
A deslizar no corpo teu,
Eriçando teus pensamentos enclausurados,
Mostrando meus tresloucados desejos.

Furta dos meus lábios o mais doce néctar,
Sejas a seiva que farta meu prazer,
faz-me delirar em prantos de amor!

Não deixa que soturnos sejam minha esperanças...
Vem e mostra-me com malícia o pecado teu,
Descerra do teu corpo a veste onde hei
De hospedar-me.



***

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

DIA DO PALHAÇO





TROVAS

No proscénio eu faço ri,
Faço o ego se alegrar,
Faço tudo que convir,
Faço a tristeza brincar.
Dou cambalhotas na vida,
Driblo a dor e a solidão
Levo tapas encenantes
Sou o riso por vocação.



***

PS.Uma trovinha pra comemorar o dia do palhaço que no Brasil é comemorado na data de hoje, dez Dezembro



quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

ESPERAS






TROVAS

***

No tear da solidão
Labuto sem provisão,
Bebo a saudade a fio
Tecendo sonho e ilusão.

***

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

ETERNO AMOR




Dá-me tua mão , e juntos passearemos
Nos verdejantes campos de nossas
Peregrinas esperas encontradas.
Dá-me a candura que meu corpo
Almeja, e te farei pássaro altaneiro
N' amplidão dos meus dias.
Dá-me a pureza do teu sorriso; e quando
Enfadonho forem nossos dias,
Repousarei tua cabeça sem razão,
Na relva macia do meu coração.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

__ MENTIRAS__



***
Degustei na escassez da minha boca,
O suculento e suave veneno seu,
E vi no cristalino da taça do pecado
Meus desejos esvair-se em prantos

Vi nos teus soberbos lábios, a candura
Que nunca existiu, a doçura
Nacarada que inebriou minh'alma,
E deixou em desvario os dias meus.

Vi nas suas palavras sussurrantes, o solver
Das “verdades” ditas em sinfonias
Mentirosas, em prelúdio torrentes
Que ceraram meus tímpanos e dilaceraram
Minh' inocência...

E assim vi a razão perder-se de vista em meus
Caminhos, vi-me cambaleante nas suas
frívolas palavras de mulher santa, vi em farrapos
Meu mirrado corpo gritar seu nome .


***

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

PERFÍDIA



***

Vislumbro no infinito dos seus
Pálidos gestos toda amplidão das
Minha esperanças a cambalear em
Pérfidos lábios...
Na agrura dos meus dias; canto teu corpo
Nu, deliro na sua seca , e vejo na
Aspereza do tempo teus olhos a fugir
Em sequiosos prantos.


***

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

** PRA VOCÊ**



Pra você eu dou meus versos
E o doce mel do amar,
A neve branca do céu, o ébano do meu olhar
A pureza de um menino e o meu desejo de amar.

Pra você eu dou a vida,
Dou a minha mão amiga na alegria e na dor;
Serei seu pão e guarida à sua garoa,
Amiga pra refrescar o calor.

Pra você eu dou a cor, dou o vento e a quimera,
Dou a luz e a primavera, dou meus braços no luar,
Dou minha boca matreira,
Pra teus beijos repousar.


***


* Essa Poesia faz parte do livro Antologia Poética Nacional,
No qual fui selecionado com duas poesias,
*GUIA* e *PRA VOCÊ*

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

SONHOS



Quando minha voz ecoa sem
destino sinto o solene fogo da
paixão que arde a alma e cambaleia
errante no universo da tua amplidão.


Quando tua voz matuta e querente
traz-me desejos avassaladores
a esperança em mim descortina
um universo colorido em flores.


Quando o vergel da aurora desperta
vejo teu rosto em vício a brotar,
sinto o olor das tuas promessas
que em noites insones vem me visitar.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

LATENTES DESEJOS






Perco-me no aroma
Do teu corpo insaciável,
Nas mordidas faladas
Aos pés do ouvido,
No tatear dos meus sonhos
molhados; nas
Tuas mãos noturnas
A fantasiar meus
Diurnos dias.
Perco-me no tecer da tua boca
Nua, a escorregar sem
Siso rumo ao pecado,
Perco-me na dor da espera
que desespera, que corre rumo
Ao desejo infinito,
Perco-me no rasgo da minha
Voz pálida, que jaz de sede
na porta da tua foz.


***

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

*** MISÉRIA***



Imagem em pedra e sabão retratando a Miséria da seca.
Obra do Escultor Senadorense Vamirez Argemiro Gonçalves


TROVAS

Sou obra da ignorância, sou aliada
Ao sofrer sou rosto encarquilhado
Sou um sombrio viver, sou voz que
Grita calada aos ouvidos do poder.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

*** A NATUREZA**



Eu sou o canto dos pássaros
O voo do bem-te-vi, sou corte fino da
Enxada o cintilar do colibri, sou
Choro da terra seca quando tarda o
Inverno vir.

Sou o torrão ressequido,
Sou ave de arribação, sou fino
Doce da cana sou azedo do limão,
Sou chuva mansa ou bravia,
Sou o barulho do trovão.

Sou canto farto e saudoso do menestrel
Sabiá, eu sou o verde das plantas sou o
Salgado do mar, sou desabrocho da
Rosa com seu doce perfumar.

Sou o eco da cigarra, nas quebradas
Do sertão, sou a pele esverdeada do bicho
Camaleão, sou uma criação suprema
Do pai de toda nação.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

QUIMERAS



Lembro teu corpo que fremia, ao toque
Das minhas mãos que ardiam em
colossais desejos, em insanos querer,
Em quimeras vencidas .

Lembro nacarados lábios a navegar sobre
Meu corpo, dilatando desejos, ditando
Regras, matando a fome que ainda
Dorme no leito da espera .

Lembro ardentes beijos que somente em
Sonhos se cruzaram, lembro sua
Branquitude a ondear minhas noites
De loucas quimeras...

Lembro de tu oh mulher! Que presente vive
Em mim, que em sonhos arranca prantos
E delicias, que em meu peito faz arraigar
A esperança de um dia ser minha.



***

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

** RECORDAÇÕES**














Hoje o tempo visitou minhas saudades,
Revivi meus ternos madrigais,
Ressonei à sombra do algaroba, vislumbrei
Meus belos coqueiras...

Percorri as ruas tresloucado, vi meus
Sonhos infantes a cavalgar, vi meus
Pés minúsculos e descalço, o torrão
batido a massacrar.

Viajei por belas serranias no selim
Do tempo a trotar, naveguei nas
Águas das lembranças, que hoje
O tempo fez-me recordar.

Me lembrei das ruas mal dormidas, do
Valão onde ia me banhar, do coreto na
praça da matriz onde a banda eu
Eu ia ver passar...

Hoje restam apenas as saudades, que a velhice
Trouxe ao relembrar, os bons momentos idos
com o tempo, que no tempo não
Mais hão de voltar.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

*** AUSÊNCIA**

Dissolveram-se minhas lágrima, e
estático fiquei no tempo, onde a tua ausência
Visita meu fúnebre quarto e o canto
Vazio transcende o emudecer.
O tempo e isso mesmo... traz-nos deleites
E nos leva ao desespero da falta;
A falta que faz-se maiúscula aos
Olhos da esperança, a falta que faz-me
Tatear na tua ausência, a falta que silencia
Minh'alma, e em desalinhos deixando meu viver...
A falta que me faz derramar maiúsculos ais,
A falta que entrelaça os braços da saudade
Aos da esperança de te ter de novo
Nos braços meus.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

SECA NO SERTÃO




Sol a pino queima a terra
Ressecando o ribeirão
Lagoa geme de fome nas
Quebradas do sertão

A água desce fininha
Com Preguiça a soluçar
O sapo coaxa a seco
Berra triste o boi fubá.

O vento retorce a mata
Num Abafado trotar
Canta triste o inhambu
Se enclausura o sabiá...

O luar se faz miúdo,
Desface o meu cantar,
Chora inane a terra quente
Morre a seco o boi fubá.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

** DOCES UTOPIAS **


Como densas nuvens viajante em
Noites frias tu visitá-me, deixando
Impregnado em meus lenções o
Doce olor da esperança.

Como nuvens densas que nos céus
Habita, tu chegas sorrateira como lívido
Anoitecer, atordoando meu sono com
Com toques sussurrantes ...

E assim passas qual névoa brava
Em minhas noites de insanos sonhos
Dilacera um coração que em desespero
Espera sem cessar um toque
Real dos lábios teus.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

___ BUSCAS___




Busco no fusco dos meus pensamentos
Teu rosto meigo e acolhedor que
Deserto deixou meus sonhos; busco nas
Brumas que nos céus revoa tua boca
Solícita a pedir-me a mor.

Busco na brisa leve que acarícia meu rosto,
Suas mãos anfitriãs e ternas a fazer-me
Adormecer em sonhos recheados
De esperança avassaladoras.

Busco na aurora frívola dos meus dias teus
Nacarados lábios que outrora
Abrigavam meus desejos em
Toques suteis...

Busco tu oh! mulher... que em mim se fez
Verbo, que delatou meus pecados e
Vícios, que perpetuou meu sofrer.

***

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

O CONTO DO CANTO

A Cigarra coitadinha vivia sempre a
cantar, esperando a chegada de quem
prometeu voltar, e assim uma melodia
danava a égua a ensaiar.

Todas as noites a bichinha ficava
a cantarolar, com os olhos
rasos d'água no velho banjo a ensaiar,
o canto que ela ia ao noivo presentear.

E assim a pobre moça tristes anos
viu passar, dedilhando dia-a-dia o
velho banjo ao l uar, mas seu noivo
pretendente nem um sinal vinha dar...

-Se foram dias e anos e a cigarrara
a ensaiar sempre a mesma melodia
no costumeiro lugar com
a firme esperança do amado retornar;

Os anos foram cruéis e a velhice veio
chegar, a coitada da cigarra
desaprendeu banjular, com a chegada do
noivo já não mais soube cantar...

Por isso é que diz; o ditado popular, que
o tempo “corre frouxo” besteira é desperdiçar
Nosso tempinho sagrado com quem
tarde irá chegar.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

____ COISAS DA ROÇA____


Foto em tela e óleo - Luzia santos




Eu nasci lá no sertão não conheço
O litoral,já vesti forte gibão
Da fazenda fui peão, amolei faca
E facão tirei leite no curral.

Eu nasci nas serranias conheço
O mandacaru, já capinei de
Enxada puxei boi nas vaquejadas
Cacei preá e tatu...

Sou filho do ressequido e suarento
Torrão, sou canto triste da terra sou o
Barulho do trovão, sou cachorro
perdigueiro, sou ave de arribação;

Sou o coaxar do sapo no acasalo final,
Sou choro inane da terra, sou duas pedras
De sal que testa com veemência
Se tem inverno afinal...

Sou a cigarra alegre na árvore a
Cantarolar, sou o zarpar do burro que
Não se deixa amansar; sou o choro
Do caboclo por quem prometeu voltar.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

DESABAFO

Vivo num mundo de desejos insanos,
Onde a esperança pari incertezas, onde
As Verdades titubeiam ao toque *cobarde
Do medo, onde minha língua profana
Delata os meus semelhante.

Vivo num mundo onde a tarjar da injustiça
Semeia a discórdia entre os Homens,
Onde busca-se o tudo num mundo do nada,
Onde minha boca mergulha num
abissal desejo de falar sobre a paz.

Vivo num mundo onde a esperança dorme
No berço da incerteza, onde meu grito
Se torna mudo aos ouvidos dos que
De uma geração se faz dono, onde não sei
Conjugar o verbo amar...

Vivo num mundo onde a miséria é um simples
Brinquedo da mídia, onde minhas
Verdades vivem enclausuradas na farsa
Da justiça que jaz ao toque do dinheiro.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

__TUDO QUE PRECISO__

Você e tudo que preciso, a ternura que
Em meu peito habita, a esperança a engatinhar
Em meus dias de temores, um cântico a
Bailar nos meus ouvidos a convidar-me
Ao pecado constante.
Você é a melodia plangente que em meu
Peito arde, a fome e a fartura que
latente esconde-se na distancia dos dias
Meus, o sorriso que dorme a espera
De um sinal..
Você é o ápice dos meus ternos desejos,
O abissal que vagueia nos meus
Furtivos sonhos, o arraigar
Dos dias meus.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

FADO

Sinto-me como um altaneiro pássaro
A sobrevoar a imensidão dos céus
Migrando em busca de um oásis perdido,
E envolvido em turbilhoes de ventos e
Remoinhos fuscos sigo minha sina
Incansável.

Sinto-me uma ave sem ninho que anseia
Pousar em um ramo pra se refazer do
Fado, e sem siso esquece do perigo
Da mão humana.

Sinto -me um menestrel sem rimas e sem
Acordes, uma melodia vestida de
Langores onde um abissal desespero
Perpassa minh'alma atordoando meus
Funestos dias.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

ESPERAS

Sinto vontade de gritar teu nome,
De dizer que nunca te esqueci, de
Vislumbrar teus olhos faceiros e tristes
A esperar-me em noites frias.

Sinto vontade de navegar nos teus
Pensamentos, de sentir na essência
De minh' alma o adocicado olor do
Teu perfume a embriagar-me de desejos.

Sinto vontade de falar dos meus medos, das
minhas covardias, das promessas nunca
Realizadas, das noites mal dormidas
A vigiar-te em meus pensamentos; falar-te
Do amor que ainda arde em meu peito.

Sinto, ah! Como sinto... sinto vontade
De dizer-te que nunca fui fruto da tua
Imaginação, que sempre estive contigo,
E que o destino cruel assim quis; Eu Sol,
Você Lua, Sem aproximação ou toques.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

----- DENSOS SONHOS-----

Como densa nuvem viajante em
Noites frias tu visitá-me, deixando
Impregnado em meus lenções o
Doce olor da esperança.

Como nuvem densa que nos céus
Habita, tu chegas sorrateira como
Livido anoitecer atordoando meu
Sono com seus toques sussurrantes...

E assim passas qual névoa branda
Em minhas noites de insanos sonhos
Dilacera um coração que em desespero
Espera sem cessar um toque
Real dos lábios teus.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

___ COISAS DO SERTÃO___




Limpei a relva da roça
Rocei o mato grosseiro
Encabei a minha enxada
Amansei burro matreiro.

Colhi o favo da terra,
Botei na porta tramela
Tombei a terra com trado
Beijei a moça banguela.

Corri na mata perdido
No meu cavalo azulão, cavei
A cova na terra vi germinar
Farto pão.

Afiei o meu facão, ensebei meu
Cinturão feitinho de couro cru,
Pus meu alforge de lado montei
Meu cavalo alado vim a procura de tu.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

PRESA

Quero ser a sua presa sem lamuria
Ou defesa em suas garras ficar, em
Teu pejo de menina ser o manjar que
Sacia seu apetite de amar.

Quero ser seu alimento a gana
De cada dia, teu afã é companhia
O terno gesto de amar, quero ser
Seu acalento seu intenso acasalar .

Quero ser a sua orgia, o seu pão de cada
Dia, o vinho que inebria, o seu corpo a
Baloiçar, quero ser o teu aferro o seu manar
De desejos o eterno preludiar...

Quero ser sua quimera, o lume e a
Primavera a rima do versejar, ser tua
Trova maviosa, tua boca sequiosa um
Leme a te guiar.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

__ SORRISO ABERTO__

Esse teu sorriso aberto inebria a
Alvorada, faz o fusco ficar claro
Diminui a longa estrada, faz germinar
A esperança é abraço na chegada.

Ele é o eflúvio do amor a voar pela
Amplidão, é sano toque na alma dos
Que vivem na ilusão, é aura doce, e
Divina é a espera em comunhão.

Esse teu sorriso aberto transmite luz
E calor, é a vívida cor do pejo, é o
Grito sem ter dor é o fino doce do
Mel; o enobrecer do amor.

Ele é toque de ternura toda beleza
Que há, é a candura fremente em meu
Peito a clamar, é prelúdio em serenata
É o meu terno versejar.

***
Vantuilo Gonçalves

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

SINO DA MINHA SINA





O sino da minha infância acena do alto
A tocar, e ao dobre da Ave-Maria meu
Peito faz soluçar, ao lembrar os tempos
Idos que não mais hão de voltar .

Bailando nos meus ouvidos vive o sino
A sussurrar com o seu cântico lírico
Despertando o meu lugar, fazendo-me
De Saudades, do meu recanto lembrar.

E assim sigo minha sina, sempre o sino
A escutar, nele vejo a minha infância.
No meu peito a clamar, por um matreiro
Menino que se foi pra não voltar.


***

PS. Hoje Naveguei nos mares das saudades, e me veio recordações da minha infância querida lá na minha terra natal; Senador Pompeu-Ce, Lembrei-me de quando menino, todos os domingos,eu mamãe e papai tínhamos por devoção irmos a missa matinal, celebrada na época pelo então Padre Joacir. Cinco e meia da manhã, hora certinha;'Prego Batido Ponta Virada,' O sino da freguesia anunciava início da alvorada, e lá íamos nós pelas as ruas de chão batido e ainda meio fusca e marmacenta pelo o estio das secas que assolavam os sertões Nordestinos, para a missa. Sendo chuva ou sol lá estávamos esperando o íncio da missa depois de uma longa caminhada a pé, o que fazia minha camisinha de tecido TERGAL ficar ensopada de suar. Hoje só me restam saudades daqueles tempo idos, e o vislumbre da torre que ainda continua estatática,sempre a mesma de sempre; envelhecida pelo o tempo, e o velho sino a tocar em sonhos martirizais sempre no mesmo horário dos meus tempo de criança, trazendo-me recordações avassaladoras do meus primeiros madrigais.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

BOCA SURDA

Minha boca cansada e semi-nua, que
Busca escancarada no proscênio da
Vida a paz não encontrada em cantos
Perdidos, em visões destorcidas.

Minha boca que esbraveja, que ceifa,
Que clama, que profana em versos,
Que jaz nos escombros fétidos da
Esperança, que busca guarida no não
Existir dos ''fortes.''

Minha boca que dilacera teus beijos,
Que perdoa, que acoa, que ecoa em
brados Tímidos palavras mentirosas; que
Aprova, que desaprova, que delata a
Fome dos incrédulos.

Minha boca mordida, que a mídia
Explora, que implora, que chora. Que
Suga com palavras a sede dos injustiçados,
Que inane morre sem realizar sonho.

AMPLIDÃO DE DESEJOS

Quero em teus beijos insolúveis
Solucionar meus desejos, que
Insalubres seguem dilatando
Minhas vontades.

Quero na amplidão dos seus
Íntimos pensamentos habitar,
Quero intrépido cavalgar sem
Siso no corpo teu.

Quero ser o fulgor que ladeia
Teus lábios em toques frenéticos,
Quero ser o acasalar que te faz
Gemer em tímidos ais.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

AMIGOS

Amigos são jóias raras, que nos
Lapidam a vida, é canto da
Passarada é o despertar da vida,
É o vento da esperança é aconchego
É guarida.

Amigo é brisa branda que inebria o
Coração, é firme solo na vida, é
A prece em comunhão, e o lado terno
da vida e tudo afinal então.

Amigo é alegria, é rima do versejar,
É doce mana dos anjos de findo saborear,
É uma planta frutífera que Deus
Nos fez semear.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

SEM ALGEMAS

Quero singrar tresloucadamente
Nas curvas pecaminosas do teu corpo,
Dedilhar faminto nesse universo
Carnal que tanto me faz delirar
em sonhos.
Quero arraigar-me no ápice dos teus
Íntimos desejos, e sem vislumbre
Viver esse mundo real, onde os
Devaneios serão execrados.
Quero sem as algemas do medo, falar
Dos dessabores que vivi, falar dos
Temores que ladeavam meus dias de
Esperas, agora refreadas com a
Sua presença.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

DESILUSÕES BANIDAS

DESILUSÕES BANIDAS

Vislumbro, ao longe, um sol poente a
Cochilar por detrás dos turvos montes
Da minha peregrina existência e, no
Fusco dos meus dias ainda posso ver
Um Homem forte e crente.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

MENTIRAS

No tear da solidão tracei esperanças,
Vislumbrei em um mundo distante
O doce fio do viver, um oásis perdido,
Um mulher que jamais pude ter.
E via na melodia farta dos teus lábios
O prelúdio farsante em palavras
Fáceis a inebriar-me a alma , a
escassear minha sede ...
E como lívido entardecer vi fugir
Das minha mão a esperança que
Rondava meus dia em um
leviano e triste adeus.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

QUEM ÉS TU?

Quem és tu Mulher? quem és tu
Bela e graciosa que nos meus sonhos
Habita? que eleva minha noites, que
Mergulha tua doce face nas sombras
Das minhas esperanças, que perpassa
Meu sofrer?
Quem és tu bela e divina que vagueis
Nos meus sonhos? quem és tu que
Tanto busco encontrar? quem és tu
Que tanto meu sono faz despertar?
Quem és tu que em utopias se faz
Algoz do meu padecer​?
Dize-me em que templo hei de te
Encontrar? Dize-me senhora das
Esperanças, como rogar-te aos pés do
Altar se és meu pecado constante?

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

DEUSA DOS MEUS SONHOS

Como deusa da noite desata em
Meu sono a espada do teu denso
Olhar, e sobre o véu em carmesim
desnudas meus pecados...
E em desvarios embrenho-me
Nas entranha do teu pejo sugando a
sacarina dos teus lábios...
Minhas mãos anfitriã e recatadas
Vagueiam sem siso teus seios
virginais, e embalado pele a gana do
Teu corpo afogam-se meus sonhos.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

SONHOS

O néctar dos teus beijos desperta
Meu íntimo sono, neles vislumbro o
teu querer, e em cálidos pensamentos
Embrenho-me nas entranha do teu
Pejo sugando a sacarina do teu corpo.
E em tresloucadas ânsias vejo na vaga
Penumbra do meu quarto teus lábios
Anfitriã a aquecer-me a boca, a sugar
Os pecados meus, deixando em meu
Corpo o olor dormido do pecado teu.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

PROFANOS DELÍRIOS

Como onda bonançosa passas faceira
Em meus dias deixando meus
Pensamentos a espera de um pecado
Que em mim habita;
E atordoado posso ouvir na distancia
Tua voz angelical a sussurrar ternuras;
A derramar em meus tímpanos o mais
Puro e solícito desejo,
E feito nuvem que descora vagueias em
Meus profanos delírios deixando minhas
Noites um tormento eterno.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

NÓ DA SAUDADE

Saudade é laço apertado
Que nos tortura sem dó,
Com o amor distanciado mais
Atado fica o nó...

É laço em corda forte tem
Barulho de trovão, tem
Cintilar das estrelas é forte
Como um leão, é uma
Pássaro altaneiro a voar pela
Amplidão...

É um barco a deriva, é um lado
Sombrio da vida, é lábio sem
Confissão, é um canto insalubre, é
Rogo sem comunhão.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

SEM VOCÊ

Na distância dos teus olhos perco
O rumo a razão, trava-se os olhos
As pernas ando só na contra-mão,
Tropeço no meu revés sou fera
sem compaixão...
E como pobre andarilho tateio por
Sobre o ar, traço caminhos penosos
Vislumbrando o teu olhar que por
Clemencias em sonhos sempre
Vem me visitar...
E assim sou menestrel de um acorde
Sem cor, sigo cantando em versos
Um passado que ficou, e marcou
De fantasias o fim de um
Louco amor.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

BRISA MINHA

Vem como aragem perdida
E arrancha-se nos meus lábios,
Faz-se espessura nos meus mais
ternos pensamentos...
Vem tonante como um relâmpago
a sussurrar nos meus tímpanos
teus desejos contidos...
Vem aquecer meus trépidos braços,
Vem acasalar-se na
minha ternura.

DESEJOS

Eu quero uma mulher que seja cúmplice dos
Meus desejos, que me faça seu aconchego
Supremo, que de dia seja sol a aquecer-me o
Corpo em delírios profanos, e de noite seja
Meu vício saciado.

Eu quero uma mulher confidente dos meus
Pecados, uma mulher que deixe-me marcado
Por nacarados lábios, que seja o fenecer das
Minhas esperanças subornadas; que venha
Com nuas palavras a invadir meus ouvidos
em sussurros gozosos...

Eu quero uma mulher que seja anfitriã impar
Dos meus afáveis toques, que saiba despir
Minhas vontades em sincrónicos desejos, que
Seja fado perdurante, e que nunca enfadonho
Seja o amor a mim devotado...

Eu quero uma mulher que o falar seja plumas;
Uma mulher que morda os lábios quando
Tocada por minhas mãos, Uma mulher que
Saiba amainar meu coração, que nos meus
Sonhos estando faça-me molhar o colchão.



Vantuilo Gonçalves

ESPERA

Por te hei de sempre suspirar, e
Invocar-te em meus sonhos há de ser
Devoção suprema, vibrante e doce
Encantamento no meu peregrinar.

Por te hei de sempre suspirar, e teu
Olhar mineral há de ser sempre o fanal
A guiar-me pra que eu não caia
No abismo da loucura pela falta tua.

Por te hei de sempre suspirar, e teu
Vergel sorriso há de sempre debuxar
Auroras quando se fizer lúgubre
A existência minha.

Por te hei de sempre suspirar, e singelo e
íntimos será o terço dedilhado, onde
O rogo pede em penitencia a presença
da mulher que mim há de amar.


Todos os direitos reservados ao autor

Vantuilo Gonçalves

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

CÁLIDOS PENSAMENTOS

Tu é a minha nitidez na hora do
posto sol, a lua que ao longo das
minhas noites banha-me em cálidos
sonhos conturbando meu sono...

Tu és albatroz faminto a sobrevoar
na amplidão da minh'alma buscando
no ápice do meu querer, furtivos e
Daninhos desejos...

Tu és o cavalgar faceiro nas minhas
utopias, o fanal constante a
iluminar minhas esperanças, minha
candidez nas horas mortas...

Tu és o olor matutino a bailar nas
minhas narinas, o cochichar frenético
em meus tímpanos a convidar-me ao
pecado, tu és o afã dos dias meus.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

O QUE É VIVER?

Viver é gostar de si próprio, é se postar diante do espelho do mundo e enxergar além de carne quase a perfeição que o pai em sua grande magnitude divina pôs na terra, é mergulhar no seu íntimo e encontrar múltiplas razões para ser feliz, é sentir o sabor da água deslizar devagarinho no rosto, é sentir o cheiro de terra molhada. Viver é chorar de alegria, é sempre procurar se isentar de percas e frustrações, é dialogar consigo mesmo ainda que a solidão venha lhe cercar de ilusões perdidas, é sempre ser jovem mesmos que os cabelos venham embranquecer; mesmo que o corpo não mais responda aos apelos.
Viver é buscar no tempo, um tempo para os filhos, contar-lhes suas experiencias de vida, é buscar o entendimento e o amar dos pais mesmo que eles por vezes não os compreendam, é sempre ter o potencial e dignidade de gerenciar ás emoções, é capacitar o seu EU, é saber representar sua vontade consciente, é saber sempre vitalizar a energia emocional das dores vindouras.
Viver é procurar expandir a doce energia do amor, da satisfação, é sempre navegar na paz interior, é em todo seu cotidiano procurar destruir as amarga algemas do medo e da ansiedade.
Viver é rir a valer de suas próprias tolices, é sempre procurar extrair do seu universo pequenino, o sabor e a doçura dos grandes, é contemplar o que é belo, e fazê-los aos olhos um maravilhoso espetáculo, é elogiar um amigo, e amar novos desafios.
Viver é entrar no palco dos pensamentos positivos, e dirigir novos script na vida, é esvaziar a lixeira de negatividades no viver.
Viver é criticar as imagens doentias da alma, é ser sempre seguro e ousado, é trazer a mente e corpo saludáveis, é trabalhar arduamente as percas e devaneios, e usá-las como amadurecimentos para que não possas novamente enveredar por suas trilhas.
Viver é manter a cabeça erguida em momentos de crises, é ser autor se sua própria história, é busca no recôndito da alma seu oásis perdido, é saber falar de si mesmo, é em prece saber agradecer ao criador pelo o doce milagre da vida.
Viver é nunca imaginar que seu céu de glórias e alegrias, nunca venham ter momentos de tempestades, que os caminhos, que sempre brotaram rosas venha conter espinos, trabalhos sem tribulações, amizades sem decepções.
Viver é fugir do palco do medo, pois viver bem nem sempre é comemorar somente os sucessos, mais ter que aprender de maneira singular e segura lidar com os fracassos, é buscar as alegrias no anonimato.
Viver é acima de tudo, ser amante da sabedoria, é errar o caminho e saber recomeçar, é usar a dor e as lágrimas para lapidar caminhos tortuosas na vida. Afinal estamos a bordo da mesma embarcação. O TEMPO.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

A MORTE

INDRISO
_______

Deixarei minha matéria aos germes,
e meu espirito impuro tacteará
na imensidão do obscuro;

E as verdades a me nunca ditas
tornaram-se verdades vivas, sem
palavras incutidas,

Que quando às pálpebras cerradas

Faz-se certeza explícita.

TEU OLHAR

TEU OLHAR



Teu olhar é uma doce quimera
O Fino colosso no meu peito a
Palpitar, é a avidez nas minhas
Noites frias pensamentos que me
Faz chorar...
Teu olhar é o neblinar dos meus olhos,
É terno dilúculo que vaga nos meus
Sonhos a soluçar, o cântico livre da
Passarada, mãos que meu
Corpo faz erriçar.
Teu olhar é o pejo a engatinhar na
Sombra dos meus dias, a loucura na
Minh'alma a vicejar, o imputar dos meus
lamentos, fanal que faz meu
corpo delirar.

DEIXA A VIDA ME LEVAR

Deixa a vida me levar qual plumas vagando
Aos ventos ser carrossel tresloucado
Viver doces encantamentos,virar menino
Matreiro num caminhar sem tormentos.

Deixa a vida me levar a voar pela amplidão
Tornar-me pássaro livre num mundo de perfeição
Vislumbrar auroras idas fazer do vento
Guarida viver sem a ilusão.

Deixa a vida me levar sem encurtar meus
Caminhos a viver meus loucos sonhos
Degustando meu mundinho correr feito bicho
Solto numa estrada sem espinhos.

Deixa a vida me levar como um prelúdio sem fim
Buscando a cada instante nova luz no meu
caminho buscando a serenidade, sem ser dono da
verdade mais seguindo seus caminhos.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

GUIA

Você é meu guia meu conto de
fada a eterna alvorada quieto viver
meu clima ameno êxtase profundo
pedaço de mundo dona do meu ser.

É flor que no campo perfuma a
brisa rosa colorida aragem querer
é luz matutina é doce quimera
estio do ano a me entorpecer.

Vicio singular de eterna grandeza
que a mãe natureza singela moldou,
veemência do amor de sonho e paz
que os ancestrais pra me guardou.

Tu tem a candura da flor lá do campo
que muitos almejam um dia cheirar,
tem toques subtil é graça e leveza,
é o alimento a me sustentar.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

LAPIDANDO A VIDA


A vida é jóia rara que temos que lapidar,
polindo-a com muito esmero ao brilho vamos
chegar, regando-a em férteis campos
bons frutos há de brotar...

Trazendo a sapiência sem andar na
contramão usando a dignidade sem
macular o irmão Ela se torna mais simples
e quase uma perfeição...

Não convém forçar a barra sem fé e sem
compaixão delatar a vida alheia sem
preceito e sem razão esquecendo
a doutrina que dita o Pai da nação...

Do que vale essa vida ficar-se a digladiar ,
difamando-se a esmo sem a um diálogo
chegar, usando dicotomias prá
lúgubres egos inflar.

****

quarta-feira, 23 de junho de 2010

MEU REGAÇO

Vem, ó senhora minha, leva-me em
teus braços, leva um corpo esguio
que adormeceu na esperança

Ponha-me no regaço teu senhora das ilusões
leva-me em berço infante adormecido;
leva-me além dos sonhos meus!

Leva-me ao encontro da candura que campeia
teu rosto quase sumidos dos dias meus, leva-me
demente a naufragar-me na bruma que
ladeia os olhos teus

Leva-me além – oh! Doce dama... leva-me além
das serranias; do horizonte em mistério, leva-me
sem siso ao pejo teu.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

MÍSTICOS DESEJOS

Teus místico rosto atordoa minh'alma,
e a suavidade que usas nas palavras
deixa-me o exalar da aurora mansa que
sorrateira amansa meus inanes dias
Tua voz mineral vagueia meus tímpanos
intimando-me sem siso a cavalgar
nas silhuetas daninha do corpo teu...
Tuas ávidas mãos tornam-se freguesas dos
pensamentos meus e em dedilhares
sincrônicos sinto o abissal desejos
em profanos ais. AIS.


Todos os Direitos Reservados ao Autor

Vantuilo Gonçalves
Vantuilogg@globomail.com

QUERO VOLTAR AO PASSADO

Quero voltar ao passado correr com
meus pés no chão jogar de bilas e de
dados brincar com meu rolimã ir prá
quermesses aos sábados juntinho com
meus irmãos

Quero beber tubaína vê a bandinha passar
vê o corpo da morena no coreto a desfilar
vê todo povo vibrando com o som do
zabumbar

Quero criar os meus textos, na máquina
datilografar, sem o tal vírus de agora prá
meus versos estragar; jogar de bola
de meias e de Vai e Vem brincar

Quero vesti suspensório assistir a barba azul
vê o domingo no parque calçar o meu
bamba azul correr na Caloi dobrável e
assistir Rá- tim -bum

Quero com meu Playmobil me diverti pra
danar assistir qual é a música, vê os menudos
cantar curtir o Globo de ouro e o
Daniel Azulay

Quero com vovó Mafalda em seu ferro
engomar, com minhas miniaturas de
coco-colo brincar, quero assistir o He-man
por poderes proclamar...

Quero Junto com o chacrinha sua buzina
tocar, o troféu abacaxi pra plateia
irei jogar vê a Rita Cadilac se rebolar
pra danar.

Quero com o fittipaldi num grande prêmio
correr raspar a barba do falco e na vitrola
escolher, meu long play preferido, e meu
*Pisang Ambom* beber.


PS. Essa poesia surgiu de um papo que tive ontem a noitinha com meu filho mais velho de 15 anos de idade Vanderson. Após o jantar como de costume sentamo-nos no alpendre de casa namorando aquele luar lindo que nós Cearenses temos o privilégio de ter, e se é no sertão fica muito mais bonito. Foram horas seguidas de conversa sobre a vida. Contei- lhe dos meus amores das minha desilusões, de glórias e dessabores quando jovem assim como ele, etc. Como todo adolescente é curioso, Surgiu em meio ao papo perguntas sobre minha infância: Brinquedos, músicas da época, filmes, Programas de TV, etc. Ao encerrarmos aquela conversa que achei ter lhe servido como aprendizado, ELE virou-se prá mim e disse _ Puxa vida pai; que tempo mais sem graça, esse seu tempo de menino!!!. Virei-me pra ele “Fumando numa Quenga” , e como bom Aquariano que sou perguntei-lhe: - E tu meu moço que História vai ter que contar prá teus filhos e netos no futuro? Que venda tu vai colocar nos olhos deles para que não vejam o que o degradante moderno vem fazendo no mundo atual? Sai zangado por perder meu precioso tempo, que não foi perca total porque a conversa rendeu-me a inspiração prá essa poesia.

Todos os Direitos Reservados ao Autor

Vantuilo Gonçalves

sexta-feira, 18 de junho de 2010

ALTO PAVÃOZINHO



Alto Pavãozinho
********************
 
Do alto da minha doce moradia via-se
de longe o sino a tintilar e meu coração
em arpejos toantes no ápice
de criança via o tempo passar

Lambuzava-me em mil pensamentos
tempos idos que nunca pude alcançar,
lembrança que em em meu peito mora,
saudades contida do meu lugar... 

Se hoje choro dos teus olhos distantes, e se
o destino quis de te me afastar, corre em
meu peito saudades em soluços do solo que
meus pés infante veio massacrar... 

Oh! alto da minha infância... pavãozinho dos meus
amores devassos, pavãozinho do pejo meu... a te
menestrel de acordes incultos dedico meu poetar
como tributo ao muito que outrora que tu me deu.

****

Essa poesia é um tributo ao meu querido bairro Pavãozinho na cidade de Senador Pompeu-Ce. Lá vivi meus primeiros madrigais em uma casinha em cima do alto no Bairro são Francisco, onde juntamente com minha mãe , meu pai e meus sete irmãos ficávamos namorando ás estrela até que o sono viesse. Guardo nidas lembranças daqueles tempos idos, ficávamos ali pegando aquela brisa mansa vinda do que na Época chamavam VENTO DO ARACATI, até que o sino da Matriz anunciasse onze horas; pronto era sinal de alerta, sinal de recolher para um novo dia de árduo serviço. Naquele cantinho vivi dias de grandes amores e desilusões, sabores e dessabores, até que um dia o destino fez dele distanciar-me largando de vez seus aconchegantes braços, e hoje o que me resta é a saudade e a distância que perdura no meu peito; que muitas vezes se transforma em matreira menina e tresloucada corre para os torrãos(poço), para banhar-se nas águas límpidas do rio patu, pinotar sem siso da ponte férrea, pular o muro alto do sítio do sr. Chico Aurora pra furtar algumas sirigueiras e ao chegar em casa levar um sova de chinelo de corro-cru do Sr. chico Argemiro pelo o mal-feito.

Todos os Direitos Reservados ao Autor

Vantuilo Gonçalves

sexta-feira, 4 de junho de 2010

REDIMINDO-ME


REDIMINDO-ME


Descanso minha enfadonha procura
nos braços do tempo, bebo a
insensatez dos meus erros para que ao
ruminar venha em formas de acertos
Guardo meus desejos mundanos no sacrário
do coração para que ao despi-las vejam
além de um ser propenso a erros o tecer
de novo dias; sem utopias!
Quero abandonar os olhos cegos de
falsas crenças , despi minh'alma e deixá-la
cavalgar no siso normal, deitar meus dias
no corpo nu da realidade suprema...
Quero crer no impossível, desenhar minha
história no fino véu dos sentimentos, puder
pintá-la sem amarras de um frívolo querer
e gritar em alto - brado que reencontrei você.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

ALTO PAVÃOZINHO

Do alto da minha doce *moraria via-se
ao longo o sino a tintilar e meu coração
em arpejos toantes no ápice de criança
via o tempo passar...

Lambuzava-me em mil pensamentos
tempos idos que nunca pude alcançar
lembrança que em em meu peito mora
saudades contida do meu lugar...

Se hoje choro dos teus olhos distantes, e se
quis o destino de te me afastar, corre em
meu peito saudades em soluços do solo que
meus pés infante veio massacrar...

oh! alto da minha infância... pavãozinho Dos meus
amores devassos, pavãozinho do pejo meu... a te
menestrel de acordes incultos dedico meu poetar
como tributo ao muito que outrora que tu me deu.


Essa poesia é um tributo ao meu querido bairro Pavãozinho na cidade de Senador Pompeu-Ce. Lá vivi meus primeiros madrigais em uma casinha em cima do alto do Bairro são Francisco, onde juntamente com minha mãe , meu pai e meus sete irmãos ficávamos namorando ás estrela até que o sono viesse. Guardo nidas lembranças daqueles tempos idos, ficávamos ali pegando aquela brisa mansa até que o sino da Matriz anunciasse onze horas; pronto era sinal de alerta, sinal de recolher, para um novo dia de árduo serviço. Naquele cantinho vivi dias de grandes amores e desilusões, sabores e dessabores, até que um dia o destino fez dele distanciar-me largando de vez seus aconchegantes braços, e hoje o que me resta é a saudade que perdura no meu peito, que muitas vezes se transforma em matreiro menino que corre para os torrãos para banhar-se em aguar límpidas do rio patu.

DIALOGAR

O ser humano é um ser coletivo por excelência. Ele necessita fervorosamente de uma boa comunicação constante como seus semelhante e até mesmo com os animais. Quando foge, isolando-se do convívio com um irmão está abandonando os ensinamentos do pai de todas ás dádivas.
Sabemos que há certos momentos na vida que em verdade preferimos ficar sozinhos enclausurando-nos em uma introspecção sadio, fazendo assim uma alto-análise do seu universo na intimidade, isto ocorre a fim de nos conhecer melhor, buscar erros, e procurar acertos, tais ocasiões faz-nos mais capazes de entender e aprender conviver bem melhor com a sociedade. Todos nós somos sabedores que dialogar é uma das mais simples e essencial atitude, e por que não dizer virtude!!!
Um bom diálogo pode estabelecer contatos vitais com todos universo que nos ladeia, dialogar é a maior fonte de riqueza que o ser humano tem nas mãos, é fonte de prazer e prosperidades, o diálogo torna-se um intercâmbio que transmite experiências, e nele absorvemos as dos nossos semelhantes. Através do diálogo podemos nós simples mortais adquirir enriquecimentos pessoal, e saber distribuir melhor nossos sentimentos aos outros, Ele ensina-nos ser mais solidário e mais flexível nos jugamentos com os irmãos, ele forma a base para a solidariedade e cooperação. Portanto que saibamos sempre procurar o diálogo como uma sabedoria suprema, que ele seja sempre construtivo e enobrecedor.




PARA QUE SEJAMOS BOM RECEPTOR É PRECISO QUE TENHAMOS UM BOM TRANSMISSOR

Vantuilo Gonçalves

segunda-feira, 31 de maio de 2010

CANTAROLANDO

Peguei a viola botei no surrão
selei meu cavalo pus o meu
gibão danei-me no mundo
cortando esses chão

Trotando astuto com a vil solidão
danei-me a galope sem água e sem
pão passando em paragens
no meu alazão

Corri cercanias a te procurar vivi a
esmo dias sem o teu olhar vivendo
a esperança de te encontrar...

Enfim vi meus dia de sonhos chegar
vislumbrei distante o teu meigo olhar
e chegada a hora dos meus sonhos cessar.

SERTANEJANDO

Cantarolando em versos minimizo
a dor rebusco no meu reverso um
aconchego um amor faço das
letras prelúdios atropelando a dor

Canto amores perdido a dor da
desilusão canto a chuva canto o sol
canto o inverno e o verão canto amores
perdidos canto o adeus e a emoção...

Canto o Rouxinol matreiro nas
quebradas do sertão canto o burro
zarpado canto a mão-de pilão labutando
em Tic tac pra formar o farto pão

Canto ás mãos calejadas do caboclo do
sertão que com chuva ou sem chuvas não
larga do seu torrão que tem por santo devoto
o Padre Cicero Romão

TUA AUSENCIA

Sinto falta dos teus lábios que somente
em sonhos pude tocar, das tuas mãos que
ávidas acalentavam em quimeras meus
íntimos pensamentos

Sinto falta da branquidade da tua pele, do
perfume que adocicava minhas noites em
nítidas orgias, dos teus ais de fêmea manhosa
que fazia parir intensos desejos

Sinto falta do tempo em que dormias nos
meus lábios e acordava nas minhas esperanças!
Sinto falta até das promessas não cumpridas
quando dizia nunca me deixar...

Sinto falta de tu doce aragem que meus
sonhos fez dilacerar, que lânguido deixou
os dias meus, que a insensatez em teu
seio deixou permear.

ENFIM TE ENCONTREI

Num mórbido mundo galgava meus passos
trémulos e errantes em busca de um amor
sob o luar que vagava no espaço também
vagava minha triste dor

Percorria andando a esmo solitário
vagando em dias e noites descontente
trazia comigo a dor de um calvário e no
meu peito um coração fremente...

Enfim achei teus olhos que perdi,nos
quias eu vi sonhos e desejos; revi
meu norte e o fim da procura
no desposar do teu macio beijo.

ACEITAÇÃO

Temos que gradualmente sermos capazes de aceitar tanto os pecados quanto as virtudes dos nossos semelhantes, temos que cunhar a poderosa e significativa expressão: “ Podemos nós amar sempre o melhor e nunca temer o pior dos outros” A verdade é que temos que fazer uso de alguns fatos desagradáveis, mas o teste real é a maneira pela qual nos comportaremos. Temos que ter certeza permanente de não sermos como o roto que fala dos esfarrapados.











Vantuilo Gonçalves

CONTRADIÇÕES

Teu amor é labareda queimando meu
coração é sol é aragem mansa é
inverno e verão é a secura e a fome é
vulcão em erupção...

É lava que queima o corpo é desejo e
fenecer a chuva que abranda a flâmula
que vive acesa a querer esse teu corpo
matreiro que dança em meu padecer...

Teu amor é utopia é verdade descabida,
é canto da passarada é momento da
partida é versejo é bramido é o adeus
da despedida...

É albatroz que vaguei no ápice do
pensamento, é alegria é dor é o afável
momento, é livre rio a correr o
meu eterno tormento.

BOCA

Boca que proferi que dita e que faz que vive
no recôndito da minh'alma a gemer em ais...
boca que clama que braveja meu nome, que
busca com palavras fáticas alimentar mentiras,
que vive mendigando amores, ludibriando
frágeis corações
Boca que frementeia meu corpo que deixa
cicatrizes em meu ego, que meu beijo
morde, que meus apelos acode; boca cura
boca impura, boca que delata meus vícios
que suga meu íntimo...
Boca que absorto molha meu lençol
em pensamentos clandestinos, boca
que indómita moteja meu corpo, que
prolifera o pecado, que escasseia
as minhas vontades que faz exaurir
minhas noites.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

SUPREMO QUERER

Teu sorriso enobrece meu viver
faz-me viajar no universo de doces
quimeras, é espécime que a natureza
inveja é a eloquência em meus versos...

Teus sorriso que me veio como brisa
mansa refrescando meu coração que ao
léu clamava em prantos a presença tua

Teu sorriso que furtou-me a solidão
me deu vida me deu chão e fanal que
guiará para sempre os dias meus.

AQUELES OLHOS

Onde andam aqueles olhos... olhos
que apaziguaram o sofrer dos meus dias,
olhos que tanto procuro, olhos que foram
faróis nas minhas noites frias
Onde estão aqueles olhos? olhos que
falavam-me de amor de esperanças e cor!
olhos de estrelas! olhos que em meus
sonhos brilhavam mais que nunca vi a cor
Onde estão aqueles olhos, que procuro
mundo afora que busco ao raiar do dia
mais que o sol levou embora
Onde estão aqueles olhos? que navegam na
minha imaginação que a insensatez e o
tempo furtaram das minhas mãos.


**

TEU PEJO

TEU PEJO

Bendigo a tu senhora dos meus sonhos
que de esperanças banhou a minha vida
ô! doce lábios que me deu guarida
que de mansinho destroçou meu mundo...

Estar com ela foi sempre meu sonho
sermos só um na mesma moeda, beber o
vinho de longas esperas, e rirmos junto
das nossas quimeras...

Sugar sem pressas os loucos desejos e do
teu pejo ser um invasor dormi no ninho
do teu terno amor, e acordar mordendo
teus beijos!


**

Todos direitos reservados ao autor

Vantuilo Gonçalves



Dança comigo dama minha!
dê-me essa graça que em meu peito
anseia, faz meus desejos incultos
de sonhos realizar-se...

Dança comigo dama minha,
dê-me a graça nunca concedida
a mim que sempre fui tão esquecido;
oh! senhora dos soluços meus, dê-me o prazer...

Vem dama minha, entrelaças teus braços
nos meus sonhos e faz-me um minuto
delirar ao som de Lord Wilson, deixa que eu
navegue docemente atingindo a nirvana ideal !

Dança comigo doce dama, esqueces os
dessabores dos dias idos e vem nesse gozo
fremente sentir nossos anseios
consumados.

quinta-feira, 11 de março de 2010

DO ENCONTRO A PAIXÃO






Do encontro nasceu a esperança
o preencher em corações tementes
a harmonia em versos toantes
o florescer do amor eloquente...

O estranho bateu em minha porta
se é real ou utopia não sei; eu só sei
que são doces os momentos e
A mania de sentir você

Quando chega com tua candura de
menina que vela minha vida inebria
minhas noites de insónias com teus
lábios que é mel e guarida...

Hoje rogo meus Deus! por clemência
se é utopia não venha mim faltar se
é verdade perdure pra sempre e
solenize meu gosto de amar.

**

Vantuilo Gonçalves

quarta-feira, 10 de março de 2010

MINHA PARAGEM




Bendito seja minha eterna paragem que com
Seu adocicado e fino colostro meus madrigais
alimentou

Bendito seja esse berço de verdes esperanças
que ávido meus pés pequenino muito massacrou
quando criança...

Bendito seja esse útero ressequido pelo o tempo
Onde inconstantes fizeram parir a insensatez dos
senhoris do poder...

Bendito seja a mãe gentil, que guarda no seio
remotos dias de sofrer e calamidades múltiplas... de
fome , descasos e mortes...

Bendito seja a terra que em seu solo semelhou os
Zacarias, os beneditos e muito que provaram do
sofrer no campo da fome...

Bendito seja a terra em que pisam as Dasdores e
Carmelitas, Luizas e Guidas que com chuva ou sem
chuva seu amável seio nunca abandonam ...

Bendito seja a terra em que dorme os restos dos Argemiros
Teles, e juvinos que viram no leito do riacho codiá
nascer os seu primeiro filhos amados...

Bendito seja tu meu berço ... Bendito seja tu meu querido
Torrão Natal... Bendito sejas; SENADOR POMPEU

Direitos Reservados ao Autor – Vantuilo Gonçalves
Poema que dedico a minha terra amada
Senador Pompeu- Ce






terça-feira, 9 de março de 2010

A PARTIDA


Deliciei-me dos teus beijos e vi você
partir qual redemoinho quebrando
ao meio meus sonhos; sonhos que
sonhei... que vivi na essência da
minha alma

Degustei sem pressas palavras que
vindas do coração fez meus dias
um eterno poema, mesmo assim vi
você partir deixando na algibeira dos
meus dias a presença tua...

Planos crestados , vidas cortadas,
desejos não saciados... auroras que
sonolentas eternizaram-se na memória
de um passado quase vivido...

Assim vi você partir e sem despedida
vi fugir das minhas mãos qual plumas
ao vento a mulher que sonhei ser pra sempre
meu oásis, o fenecer dos meus sofrimento.




Todos Direitos Reservados ao autor

Vantuilo Gonçalves

quinta-feira, 4 de março de 2010

QUISERA SER

Quisera ser o toque que ávido
percorre lentamente a nudez do teu
corpo, quisera navegar desvairado
nas delícias dos teus lábios...

Quisera ser o vento que deixa em desalinho
teus cabelos; ser o espelho que desnuda a essência
da sua alma mais que esconde no íntimo a
bravura de mulher segura, de fortaleza suprema...

Quisera ser o proliferar dos teus desejos,
esses desejos que se faz verbo e invade todo
meu ser deixando-me atordoado, estorcendo
corpo e alma

Quisera ser o reluzir perdido do teu amor, ser
teus furtivos sonho , fazer das suas utopias a
mais pura realidade e puder proclamar a todo
universo o quanto se faz presente em mim.


Todos Direitos reservados ao autor

Vantuilo Gonçalves

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

NUBLADA QUIMERA



A noite adormece em meus sonhos, e no nublado
da minha saudade vejo teus olhos a velar-me,
tua candura de menina ofusca meus pensamentos
e em desvarios corro ao encontro seu...

E feito menino deixo-me lambuzar por palavras
que como o mais fino desejo adocica minh'alma,
e em devaneios posso sentir sorrateiro teu corpo
adormecer sobre meu furtivo querer

Oh! minha doce quimera...diga-me como alcançar
a avidez do teu corpo? Como entregar esse amor
que singra e tumultua meus pensamentos? Diz-me
quimera minha...

Diz-me como fugir desse absorto universo de querer,
dessa tresloucada procura que definha corpo e alma,
deixando meus dias de constantes esperas a mercê
do tempo e do cruel destino.



Todos direitos reservados ao autor

Vantuilo Gonçalves