POESIAS EM FOCO

quarta-feira, 2 de junho de 2010

ALTO PAVÃOZINHO

Do alto da minha doce *moraria via-se
ao longo o sino a tintilar e meu coração
em arpejos toantes no ápice de criança
via o tempo passar...

Lambuzava-me em mil pensamentos
tempos idos que nunca pude alcançar
lembrança que em em meu peito mora
saudades contida do meu lugar...

Se hoje choro dos teus olhos distantes, e se
quis o destino de te me afastar, corre em
meu peito saudades em soluços do solo que
meus pés infante veio massacrar...

oh! alto da minha infância... pavãozinho Dos meus
amores devassos, pavãozinho do pejo meu... a te
menestrel de acordes incultos dedico meu poetar
como tributo ao muito que outrora que tu me deu.


Essa poesia é um tributo ao meu querido bairro Pavãozinho na cidade de Senador Pompeu-Ce. Lá vivi meus primeiros madrigais em uma casinha em cima do alto do Bairro são Francisco, onde juntamente com minha mãe , meu pai e meus sete irmãos ficávamos namorando ás estrela até que o sono viesse. Guardo nidas lembranças daqueles tempos idos, ficávamos ali pegando aquela brisa mansa até que o sino da Matriz anunciasse onze horas; pronto era sinal de alerta, sinal de recolher, para um novo dia de árduo serviço. Naquele cantinho vivi dias de grandes amores e desilusões, sabores e dessabores, até que um dia o destino fez dele distanciar-me largando de vez seus aconchegantes braços, e hoje o que me resta é a saudade que perdura no meu peito, que muitas vezes se transforma em matreiro menino que corre para os torrãos para banhar-se em aguar límpidas do rio patu.

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