POESIAS EM FOCO

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

ERIÇADOS DESEJOS






***

Deixa-me te venerar do meu jeito;
Sara, pois, de mim, esta ânsia,
Dilacera dos meus dias esta saudade
Que como fel amarga no meu peito...

Faze, então, de mim brisa amena
A deslizar no corpo teu,
Eriçando teus pensamentos enclausurados,
Mostrando meus tresloucados desejos.

Furta dos meus lábios o mais doce néctar,
Sejas a seiva que farta meu prazer,
faz-me delirar em prantos de amor!

Não deixa que soturnos sejam minha esperanças...
Vem e mostra-me com malícia o pecado teu,
Descerra do teu corpo a veste onde hei
De hospedar-me.



***

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

DIA DO PALHAÇO





TROVAS

No proscénio eu faço ri,
Faço o ego se alegrar,
Faço tudo que convir,
Faço a tristeza brincar.
Dou cambalhotas na vida,
Driblo a dor e a solidão
Levo tapas encenantes
Sou o riso por vocação.



***

PS.Uma trovinha pra comemorar o dia do palhaço que no Brasil é comemorado na data de hoje, dez Dezembro



quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

ESPERAS






TROVAS

***

No tear da solidão
Labuto sem provisão,
Bebo a saudade a fio
Tecendo sonho e ilusão.

***

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

ETERNO AMOR




Dá-me tua mão , e juntos passearemos
Nos verdejantes campos de nossas
Peregrinas esperas encontradas.
Dá-me a candura que meu corpo
Almeja, e te farei pássaro altaneiro
N' amplidão dos meus dias.
Dá-me a pureza do teu sorriso; e quando
Enfadonho forem nossos dias,
Repousarei tua cabeça sem razão,
Na relva macia do meu coração.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

__ MENTIRAS__



***
Degustei na escassez da minha boca,
O suculento e suave veneno seu,
E vi no cristalino da taça do pecado
Meus desejos esvair-se em prantos

Vi nos teus soberbos lábios, a candura
Que nunca existiu, a doçura
Nacarada que inebriou minh'alma,
E deixou em desvario os dias meus.

Vi nas suas palavras sussurrantes, o solver
Das “verdades” ditas em sinfonias
Mentirosas, em prelúdio torrentes
Que ceraram meus tímpanos e dilaceraram
Minh' inocência...

E assim vi a razão perder-se de vista em meus
Caminhos, vi-me cambaleante nas suas
frívolas palavras de mulher santa, vi em farrapos
Meu mirrado corpo gritar seu nome .


***