POESIAS EM FOCO

terça-feira, 30 de agosto de 2011

DELÍRIOS


Estes meus ouvidos que clamam, que ganam...
Que sugam mentiras, que buscam verdades,
Que emudecem ao toque frémito do pecado seu.

Estes meus ouvidos absortos, por versos ninados,
Que em ímpeto derradeiro faz-me abster-se
Das agruras do meu amor primeiro!

Estes meus ouvidos que dúbios, faz -se algoz
Permanente da sua falta;
Que indómitos buscam sua avita voz.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

POR ELA




*
Por ela os versos vertem como água
Nítida a desaguar na fonte viva
Dos meus incessantes desejos.

Por ela as noites emudecem nos meus olhos,
E ecoam suavemente nos meus tímpanos,
Que pedintes clamam por sua voz.

Por ela a fome de se faz fartura a saciar
A gana que ainda dorme na espera
Do toque frémito dos seus lábios.

Por ela os delírios tornam-se verdades,
A invadirem meu corpo em dedilhares
Preguiçosos e consonantes

Por ela a esperança dorme em minh'alma,
A acasalar meus sonhos,
A singrar ínfima nos pecados meus.


***

terça-feira, 23 de agosto de 2011

ESPERAS





***

Vidas não vividas, poesias lidas...
Noites consumidas em escombros
Imprimidas.
Lábios adormecidos sem guarida,
Sequiosos na espera,
Nunca vinda.
Versos sonolentos que não findam,
Vestígios de esperanças,
Reprimidas.

***

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

CHEGADA



Chegou como versos fartos
Em minha noite se instalou,
Tropeçou na minha rima
E afagou minha dor.
...
Com uma gana demente
Fez meu corpo se eriçar,
Fez das quimeras, verdades,
Da escuridão um luar.
Em um afã tresloucado
Minha boca sufocou,
Fez do meu corpo morada,
Em singrarias de amor...
...
E assim corpos lânguidos
Delatavam a exaustão;
Dois copos por sobre a mesa,
E nossos Jeans sobre o chão.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

LEMBRANÇAS




Quando a luz do dia perpassa minha pele
penso em você.
Penso nos momentos que juntos passamos
ao sabor da brisa...
penso em suas mãos preguiçosas a dedilhar
minha pele no afã de desejos .
Quando a rotina de um novo dia rouba
meus pensamentos, retroajo...
E no ímpeto de zombaria, lá está você
a banhar-me com o seu olhar incitante.
A guiar-me pela melodia consonantes do pecado.
Quando a noite vem a devassidão corrompe
minh'alma e tresloucado busco-te nos
escombros vazios das minhas mãos.

***