POESIAS EM FOCO

sexta-feira, 20 de abril de 2012

VERSIFICAR


VERSIFICAR

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Mãos que insanas, choram cantam e versificam...
Punhos errantes que dilaceram almas, que acasalam medos,
Que buscam moradias em lábios idos, (não vividos...);
Mão em nácar ferido, em versos reprimidos e cantos sustenidos...
Mão que parem amores e dissabores, encantos e desencantos.
Mãos que navegam argutas em versos pedintes;
Que sobejam auroras e morem decadentemente na incessante
Procura da sua boca.

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__NUNCA TE ESQUECI__


NUNCA TE ESQUECI

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Disfarcei num canto a minha dor
Rebusquei de novo a minha vida
Estacionei no tempo as feridas...
E calei minha boca por temor!
...
Reclinei meus gostos no silêncio,
Viajei em sonhos reprimidos
Delirei em toques não vividos;
Degustei seu beijo sensabor!
...
Espargi seu cheiro em fantasias,
Das suas mãos fiz minha estrela guia;
Dos seus lábios fiz utopias. em cor...
...
E assim vou levando a minha vida
Rebuscando um pouco de guarida,
Em um mundo, que canta a minha dor.

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quarta-feira, 18 de abril de 2012

NOSTÁLGICO

NOSTÁLGICO

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Para aguçar minhas nostalgias
Ponho um disco na minha vitrola
E versifico as ternas melodias,
Nas ampulhetas das minhas memórias.
No gume forte das minhas lembranças
Os versos orlam um amor que foi meu,
E dedilhando as folhas do tempo
Vejo que o tempo nele se perdeu.

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segunda-feira, 16 de abril de 2012

VERSOS AMIGOS



VERSOS AMIGOS

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Meus versos, acasalam sorridentes
Todos agruras que me doí na alma
E buscam de uma forma eloquente
Sanar-me as dores, que em meu peito fala...
...
Buscam de boca, escancarada aos ventos
Um terno tempo que nunca foi meu,
Num vai e vem de prelúdio arguto;
Mesclando dias, que há muito se perdeu...
...
São meus amigos, confesso-lhes meus medos!
E os segredo que corroí-me a alma,
A eles conto todos os meus *degredos,
E as vertente que me ferem a calma...
...
Lhes presto culto todos santo dia
Num manifesto de amor e afeição,
Rezo aos seus pés, de joelhos juntos,
Rogando a Deus, por nossa comunhão.

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sexta-feira, 13 de abril de 2012

ESPERA



ESPERA

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As minhas noites acordadas vão...
E a saudade no peito desperta,
No quarto escuro canta a solidão
Num peito inculto, de uma espera incerta.
...
Abro a porta de um peito deserto...
Destranco o medo, deixo a luz entrar,
E a demência que meu ser inventa
Faz -me rever a luz do seu olhar.
...
O dia vem, nasce uma esperança
A espargir-se em em minha ilusão,
Abro a janela de um mundo distante;
E me encontro com uma espera em vão.
...
E assim eu sigo num mundo sem rumo
Onde a esperança labuta, encontrar
Aquele moça que um dia se foi...
E com promessas prometeu voltar.

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Ps. Joana é uma moça de família, lá pras bandas do meu sertão. Quando mocinha, teve um namoro com Venceslau, um sujeito andarilho; daquele tipo que não faz parada longa em cidade alguma;
Pois bem, Venceslau namorou Joana por oito meses, sempre prometendo-lhe um casamento digno

de uma moça donzela. Só que um belo dia o Andarilho meteu os pés no mundo sem deixar noticias pra aquela moça, que até hoje ao longo doas seus cinquenta e um ano, espera incessantemente á volta daquele que um dia lhe prometeu amor eterno . Ouvi todo seu relato e me veio esta inspiração.





terça-feira, 10 de abril de 2012

ASTRO MEU




ASTRO MEU

Fulguras na nascente dos meus sonhos,
És voz fremente a minha estrela guia;
Astro que adormece em minha insônia,
És fado farto, cheiro de magia.
...
Viajo no seu brilho estonteante,
Deliro no seu corpo sedutor,
Me acho na proeza da sua boca,
E morro na gradeza do seu amor.
...
És rosa rara meiga e cristalina!
Fanal a me guiar na escuridão,
A brisa que acalanta dessabores,
O toque que me leva a exaustão.
...
A te bendigo astro peregrino...
Que nunca em meus sonhos, hás de faltar!
Que sejas a demência dos meus dias,
A luz do universo a me velar.



terça-feira, 3 de abril de 2012

CHORO


 
CHORO

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Há os que choram para lapidar as angústias;
Os que buscam no choro uma forma de
Acasalar suas inseguranças, seus medos.
Há os que choram usando-a, como artifícios.

Há os que chamam porquê veem nas lágrimas
A fórmula certa de sanar asperezas da vida,
Há os que choram pelos os amores idos;
Amores não vividos... Incontidos, feridos.

Há os que choram de alma aberta;
Os que choram de alma fechada, Surda... Surrada.
Há os que são anônimos do choro.
Há os que choram pelo choro dos outro...

Há os que simplesmente choram.
Os que apenas sussurram.
Há os que buscam o choro e não o encontra.
Há os que não têm coragem de chorar porquê são fracos.
Há outros que choram por nós.

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