POESIAS EM FOCO

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

DESEJOS INCERTOS


DESEJOS INCERTOS (DUETO)
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Quero fugir do convencional...
Quero retratar-me com minha boca insana;
Que cala, que Gani, que forja toques,
Que sobeja esperanças!
...
Quero gritar sem calar...
Fazer meus versos gemerem qual fêmea no cio,
Fazer morrer desejos na cama;
Que cantam , que decantam que sanam.
...
Quero ser versos exauridos,
Não morridos... fundidos, não feridos;
Que nanam, que fanam, que ganam!
...
Quero ser versos amainantes...
Deleitantes, cortantes, exuberantes...
Que fainam na tua boca errante.

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sexta-feira, 18 de novembro de 2011

VERSEJAR


VERSEJAR

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Versejar...
Versejar é viver a dor das palavras,
É encantar-se, com o encanto do não existir!
É sobejar redemoinhos de auroras idas,
É Cantar, rolar, cicatrizar feridas.
Versejar...
Versejar é sentir a bonança que *pari nossos ais...
É deixar-se levar pelas mentiras surradas que
As inspirações nos traz,
É espargir-se na ficção da vida.
Versejar...
Versejar é fazer do arguto a mais leve penitencia,
É não sentir a dor pérfidas de um bem que se foi...
É saber mentir, pra saudade de pés juntos,
Versejar...
Versejar é ninar ás desventuras,
É degustar os dessabores,
É desvencilhar-se da boca insana da saudade.


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quinta-feira, 10 de novembro de 2011

NÓDOA DA PAIXÃO


Vislumbro o lume de um amor desfeito
A clarear minha ilusão,
E a bailar dentro do meu peito
Ainda Vagueia uma insana paixão!

Esta paixão que se faz menina
E engatinha com sofreguidão,
Que faz arfar os meus pensamentos,
E acalanta a minha tensão...

E a nódoa vai singrando em prantos,
E a ostentar-se em meu coração,
A arpejar acordes daninhos,
Assombreando a minha razão.


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segunda-feira, 7 de novembro de 2011

VOZ DA RAZÃO


Quando minh'alma declama
Com a voz da emoção,
Tudo em mim se regala
E minha vida se embala
Na mais perfeita canção!

As angustias adormecem,
Vibra no peito a razão,
Vão - se embora as agonias,
O lúgubre vira clarão,
As estrelas cantarolam
E o meu céu ganha amplidão...

Então curvo os meus joelhos,
E postas levanto as mãos,
E agradeço ao pai divino
Pela a boa inspiração;
Por banhar a minha mente
Sempre com a voz da razão.