POESIAS EM FOCO

quinta-feira, 22 de março de 2012

DIA MUNDIAL DA ÁGUA





DIA MUNDIAL DA ÁGUA

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Água vadia, que corre entre as mãos de lares insanos,
Que feito menina tresloucada, doa-nos o mais puro
sabor. O sabor da vida; da Sua vida...
Água sem julgo, que corre nas entranhas dos versos
Apaixonados dos poetas.
Que definha pedido socorro aos caolhos olhos do
"Homens Modernos".
Água que geme no leito da dor;
Da dor que ladeia seus dias...
- E eu , o que dizer? o que no futuro terei pra falar de ti?
Ó água... não morras assim...
Por que naufragar-se á boca seca?
Por que ir-se embora?
_ Que história contarei aos meus netos a seu respeito?
Talvez, as direi que não morreu, mas sim, desapareceu;
Desapareceu por medo do capricho determinante dos
Que ainda teimamos em chamamos de civilizados.
O HOMEM.


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sexta-feira, 16 de março de 2012

DESABAFO




DESABAFO

Quem sabe um dia eu não serei um "deus"?
Um "deus" nos acuda!!!
Nos acuda da ignorância desse poder caolho;
Um poder que fode sem camisinha uma nação
Descamisada e de verbo morto, sem voz e vez.
Uma nação cerzida pelos senhores que se dizem:
Homens do poder,(foder)...
"Senhoris"do faz de conta; dos tapinhas nas costa
Em tempos de eleições;
Sempre munidos de palavras"Santas"e álcool nas mão.
Quem sabe um dia não serei um "deus" ?
Um "deus" de voz, (parida), não partida, crescida;
Nascido de um parto comum; sem feridas,
Sem máscaras e de prumo nas mãos.
Que sabe um dia não serei um "deus"?
Um "deus"; das marquises, onde jaz vidas sentadas
No colo,(cola, coca), da insensatez dos pirilampos surdos;
Surdos tímpanos que volitam fantasmagóricos nas casa de fogões á lenha.
Quem sabe um dia eu não serei um "deus"?
Um "deus" de pulso cerrado, (não forjado), decantado.
De dentadura comprada pelo o suor do rosto.
Quem sabe um dia não serei um "deus"?
Quem sabe... quem sabe.
...

Ps. ainda lúcido rsrsrs.












quinta-feira, 15 de março de 2012

MENINOS DAS MARQUISES



MENINOS DAS MARQUISES

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Da minha vidraça, tosca e embaçada,
Vejo uma cena que me doí na mente,
Sobre calçadas frias e encharcadas
Dorme crianças sob um sol nascente.

Sem lenitivo e bastardos do mundo
Sem a guarida dos pais da nação,
Tendo o vento como companhia
E o abrigo de algum papelão.
...
Se é de dia se apegam no vício;
Hora, pedindo um pedaço de pão,
Vendo nos olhos de alguns transeuntes
A ameça de toda nação...
...
E vão seguindo sem rumo e sem planos,
Sempre em busca de uma solução,
Vendo nos olhos de alguns papa-níqueis;
A esperança e seus sonhos em vão.


terça-feira, 13 de março de 2012

MISSA MATINAL


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MISSA MATINAL

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Todos os domingo guardo na lembrança
Do meu terninho de cáqui surrado,
Do suspensório tingido de anil
Na camarinha todo bem engomado!

Éramos pobres; quase sem dinheiro...
Mas nosso fé nunca foi em vão,
E a santa missa, ditas dos domingos
Tínhamos sempre como devoção.

No campanário o sino tocava;
Íamos junto feito um filão,
-Papai brigando com os mais traquinas,
E a mamãe, pegando em minh' mão.

Com os tempos idos, hoje me defronto,
E com um terço postado nas mãos
Sou eu quem faço o papel de outrora
Sempre com fé e a mesma devoção.

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sexta-feira, 2 de março de 2012

TU ÉS...



TU ÉS...

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És lábios que insones beijam as noites,
Estrela a iluminar um céu poente,
Candura que inebria tardes findas;
Desejos a afagar-me em pensamentos.
...
És brisa que cochicha em meus ouvidos...
Aurora a despertar minha ilusão,
Prelúdio a ensandecer minhas vontades;
A gana que me leva a exaustão...
...
És fruto que sacia a minha fome,
Pedaço de minha vida; próprio chão!
O ápice que declina em minhas noites,
Verdade, ou fruto da imaginação?
...
És, dúbio que me deixa tresloucado;
Fartura ou Migalhas de um pão?
Um grito entalado na garganta;
A espera que eu espero, em devoção.

***