POESIAS EM FOCO

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

SINO DA MINHA SINA





O sino da minha infância acena do alto
A tocar, e ao dobre da Ave-Maria meu
Peito faz soluçar, ao lembrar os tempos
Idos que não mais hão de voltar .

Bailando nos meus ouvidos vive o sino
A sussurrar com o seu cântico lírico
Despertando o meu lugar, fazendo-me
De Saudades, do meu recanto lembrar.

E assim sigo minha sina, sempre o sino
A escutar, nele vejo a minha infância.
No meu peito a clamar, por um matreiro
Menino que se foi pra não voltar.


***

PS. Hoje Naveguei nos mares das saudades, e me veio recordações da minha infância querida lá na minha terra natal; Senador Pompeu-Ce, Lembrei-me de quando menino, todos os domingos,eu mamãe e papai tínhamos por devoção irmos a missa matinal, celebrada na época pelo então Padre Joacir. Cinco e meia da manhã, hora certinha;'Prego Batido Ponta Virada,' O sino da freguesia anunciava início da alvorada, e lá íamos nós pelas as ruas de chão batido e ainda meio fusca e marmacenta pelo o estio das secas que assolavam os sertões Nordestinos, para a missa. Sendo chuva ou sol lá estávamos esperando o íncio da missa depois de uma longa caminhada a pé, o que fazia minha camisinha de tecido TERGAL ficar ensopada de suar. Hoje só me restam saudades daqueles tempo idos, e o vislumbre da torre que ainda continua estatática,sempre a mesma de sempre; envelhecida pelo o tempo, e o velho sino a tocar em sonhos martirizais sempre no mesmo horário dos meus tempo de criança, trazendo-me recordações avassaladoras do meus primeiros madrigais.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

BOCA SURDA

Minha boca cansada e semi-nua, que
Busca escancarada no proscênio da
Vida a paz não encontrada em cantos
Perdidos, em visões destorcidas.

Minha boca que esbraveja, que ceifa,
Que clama, que profana em versos,
Que jaz nos escombros fétidos da
Esperança, que busca guarida no não
Existir dos ''fortes.''

Minha boca que dilacera teus beijos,
Que perdoa, que acoa, que ecoa em
brados Tímidos palavras mentirosas; que
Aprova, que desaprova, que delata a
Fome dos incrédulos.

Minha boca mordida, que a mídia
Explora, que implora, que chora. Que
Suga com palavras a sede dos injustiçados,
Que inane morre sem realizar sonho.

AMPLIDÃO DE DESEJOS

Quero em teus beijos insolúveis
Solucionar meus desejos, que
Insalubres seguem dilatando
Minhas vontades.

Quero na amplidão dos seus
Íntimos pensamentos habitar,
Quero intrépido cavalgar sem
Siso no corpo teu.

Quero ser o fulgor que ladeia
Teus lábios em toques frenéticos,
Quero ser o acasalar que te faz
Gemer em tímidos ais.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

AMIGOS

Amigos são jóias raras, que nos
Lapidam a vida, é canto da
Passarada é o despertar da vida,
É o vento da esperança é aconchego
É guarida.

Amigo é brisa branda que inebria o
Coração, é firme solo na vida, é
A prece em comunhão, e o lado terno
da vida e tudo afinal então.

Amigo é alegria, é rima do versejar,
É doce mana dos anjos de findo saborear,
É uma planta frutífera que Deus
Nos fez semear.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

SEM ALGEMAS

Quero singrar tresloucadamente
Nas curvas pecaminosas do teu corpo,
Dedilhar faminto nesse universo
Carnal que tanto me faz delirar
em sonhos.
Quero arraigar-me no ápice dos teus
Íntimos desejos, e sem vislumbre
Viver esse mundo real, onde os
Devaneios serão execrados.
Quero sem as algemas do medo, falar
Dos dessabores que vivi, falar dos
Temores que ladeavam meus dias de
Esperas, agora refreadas com a
Sua presença.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

DESILUSÕES BANIDAS

DESILUSÕES BANIDAS

Vislumbro, ao longe, um sol poente a
Cochilar por detrás dos turvos montes
Da minha peregrina existência e, no
Fusco dos meus dias ainda posso ver
Um Homem forte e crente.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

MENTIRAS

No tear da solidão tracei esperanças,
Vislumbrei em um mundo distante
O doce fio do viver, um oásis perdido,
Um mulher que jamais pude ter.
E via na melodia farta dos teus lábios
O prelúdio farsante em palavras
Fáceis a inebriar-me a alma , a
escassear minha sede ...
E como lívido entardecer vi fugir
Das minha mão a esperança que
Rondava meus dia em um
leviano e triste adeus.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

QUEM ÉS TU?

Quem és tu Mulher? quem és tu
Bela e graciosa que nos meus sonhos
Habita? que eleva minha noites, que
Mergulha tua doce face nas sombras
Das minhas esperanças, que perpassa
Meu sofrer?
Quem és tu bela e divina que vagueis
Nos meus sonhos? quem és tu que
Tanto busco encontrar? quem és tu
Que tanto meu sono faz despertar?
Quem és tu que em utopias se faz
Algoz do meu padecer​?
Dize-me em que templo hei de te
Encontrar? Dize-me senhora das
Esperanças, como rogar-te aos pés do
Altar se és meu pecado constante?

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

DEUSA DOS MEUS SONHOS

Como deusa da noite desata em
Meu sono a espada do teu denso
Olhar, e sobre o véu em carmesim
desnudas meus pecados...
E em desvarios embrenho-me
Nas entranha do teu pejo sugando a
sacarina dos teus lábios...
Minhas mãos anfitriã e recatadas
Vagueiam sem siso teus seios
virginais, e embalado pele a gana do
Teu corpo afogam-se meus sonhos.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

SONHOS

O néctar dos teus beijos desperta
Meu íntimo sono, neles vislumbro o
teu querer, e em cálidos pensamentos
Embrenho-me nas entranha do teu
Pejo sugando a sacarina do teu corpo.
E em tresloucadas ânsias vejo na vaga
Penumbra do meu quarto teus lábios
Anfitriã a aquecer-me a boca, a sugar
Os pecados meus, deixando em meu
Corpo o olor dormido do pecado teu.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

PROFANOS DELÍRIOS

Como onda bonançosa passas faceira
Em meus dias deixando meus
Pensamentos a espera de um pecado
Que em mim habita;
E atordoado posso ouvir na distancia
Tua voz angelical a sussurrar ternuras;
A derramar em meus tímpanos o mais
Puro e solícito desejo,
E feito nuvem que descora vagueias em
Meus profanos delírios deixando minhas
Noites um tormento eterno.