POESIAS EM FOCO

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

DESILUSÃO




DESILUSÃO

***

Eu sou o vão que suas mãos buscam,
A melodia que sussurra aos ventos,
Eu sou os lábios no tempo estacionado;
A seca boca a espera o tormento.

Eu sou o sonho vesgo e sorrateiro
Que todas as noites vem te sufocar,
Eu sou o verso fadado e deprimente;
A escassez no seu corpo a fatigar.

Sou a caricia que baila a espargir-se
Na sua pele tentando amenizar
Todas angustias e noites mau dormidas;
Sou a vertente lágrima a deslizar...

Sou o sôfrego que arde no seu íntimo,
A vastidão das suas mãos a se tocar...
Sou a incerteza que mora nos seus dias,
O vã desejoso a espera do chegar.



***



4 comentários:

  1. Um sentimento bom da lágrima masculina. Um abraço, Yayá.

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  2. E sendo tudo isto pode ser tanto o que quiser, menos uma desilusão...
    Um ser que sabe-se tudo isto é dotado de espaços completos.
    Muito belo o seu poema.
    Abraços

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  3. Oi Vantuilo!

    MUITO LINDA, TAMBÉM ESTOU A acompanhá-lo, E AGRADEÇO A DEFERÊNCIA PELA VISITA.
    ABRÇS. Lani

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