POESIAS EM FOCO

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

CORAÇÃO MANIPULADO


***


Manipulado e sozinho
Enclausurado na dor,
Espargindo-se no tempo
Esperando um grande amor...

Ferido e decadente
Mergulhado na paixão,
Carregado pelo o tempo
Vivendo na contramão...

Assim segue a sua Sina,
Na espera a baloiçar,
Indômito e esperançosos
De um novo amor encontrar.


***

Ps. Baseado na Imagem

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

DESCORTINANDO SONHOS


***

Que descortine os meus versos,
Seu afã doce e fatal,
Seu daninho e culto pejo,
E o Seu cheiro matinal...
...
Que descortine os meus versos,
Sua forma sem igual...
Seu rebolado faceiro,
E sua gana termal.
...
Que descortine os meus versos,
Sua boca, em nácar carnal;
Sua avidez escondida,
E o Seu lampejo verbal!
...
Que descortine os meus versos,
Seu desejo tresloucal;
Sua boca de insano gestos
E sua mão marginal.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

TEUS LÁBIOS





Teus lábios adornam meus dias,
Cessam-me á agonia e cheios de mistérios
Em pejo fartos, furtam-me ás noites
Em desvarios .

Teus lábios que nacarrados deixam-me inebriados
E fazem-se soberbo em meus dias
Quando perpétuos vagam tresloucados em
Meu corpo na gana de amar...

Teus lábios que se faz colo e acolhe-me
Sem juízo,  espargindo-se nos meus
Sonhos em canções de ninar...
fazendo-me em êxtase ficar!

Teus lábios que gemem de desejos,
Que os dentes mordem ao toque de minhas mãos;
Teus lábios que é o acalanto dos meus sonhos,
Que é a dúbia chegada ao meu mundo real.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

CANÇÃO DO NADA


EXISTENCIAL


Mato-me, em mim, à boca calada...
Adormeço em pétalas de espinhos jorradas...
Canto a melodia sequiosa dos castos,
Debruço - me em dúbios lábios.
Dedilho angustia no peito cerrada,
Degusto agrura no seio esgarçado,
Viajo em ânsias de asas quebradas
Viro fidalgo, de noites encravadas!



segunda-feira, 17 de outubro de 2011

CONTRAMÃO



***
Quantos caminhos sofridos!
Desejos nunca abraçados...
Versos frios nunca ouvidos,
Lábios nunca tocados.

Quantos choros reprimidos...
Poesias quase sem cor!
Quantos sorrisos feridos,
Quantas demências do amor!

Quantas nuances tingidas
Pela cor da solidão,
Quantos sonhos inatingíveis,
Quantas labutas em vão!

Quantas histórias imprimidas,
No papel da ilusão,
Quantos degredos impostos,
Pela dor da contramão.


***

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

OBSESSÃO INSONE

 


No meu insone destino,
Deixei espargir-se uma
Esperança insana;  
E no exílio do meu quarto
Condeno-me a um atroz desejo;
Que morde meus dias,
Que degrada a Minh'alma,
Que abstém-me de uma nova procura.