Venho de estradas de mui atropelos,
Trago no rosto magoas escorridas,
Vejo meus pés frios e encarquilhados,
E no meu proscénio desejos moídos.
Minha bagagem e crua e severa,
Feita de agruras e amores profanos,
De turvas glórias e gostos encerrados,
De frias noites e muitos desenganos
Trago no peito tardias quimeras,
Na vil lembrança um seio a soluçar,
Nos dias lúgubres trago a esperança,
Nos findos dias ao eterno chegar.
Meu amigo
ResponderExcluirUm poema muito belo.
Trago no peito tardias quimeras,
Na vil lembrança um seio a soluçar,
Nos dias lúgubres trago a esperança,
Nos findos dias ao eterno chegar.
Simplesmente maravilhoso.
Beijo
Sonhadora