VELHO
POETA
Eu
faço da poesia meu passatempo fiel,
Faço
rimas canto versos com gosto de um menestrel,
Com
mãos trêmulas e calejadas designando um papel
...
Faço
versos com o tempo que servi-me de companhia;
Vago
ruas subo montes, entro em quarto de orgias,
Entre
rabiscos e letras conto a vida em poesias
...
Faço
da minha linguística um acervo sem igual,
Das
angustias o acalanto, dos Devaneios o real,
Do
leigo faço um sábio , do infiel um leal.
...
Eu
faço da primavera meu refugio de orgias,
Do
néctar de uma rosa, faço canto e melodia
E
da fusão que se dá, toco a vida em harmonia...
...
Do
fúnebre eu faço o vivo, cantar meigo e verdadeiro,
Das
trevas a claridade a iluminar por inteiro
Um
universo sombrio num instante derradeiro.
...
Com
o corpo encarquilhado sem muito apoio nas mãos,
Sou
intrépido na luta e tenho por devoção
Transmitir
a toda gente meu verdadeiro quinhão.
****
Dedico
este meu breve versejar ao meu amigo e poeta
João
Lira, que com 86 aninho de idade ainda brinca com as letras.
Boa noite noite, Vantuilo. Que poesia muito linda.
ResponderExcluirEu admiro muito o seu jeito de criar, e sempre me sinto feliz quando aqui venho.
Linda homenagem ao poeta, que deve ter uma alma bela demais e sábia.
Um beijo na alma, e excelente fim de semana!