POESIAS EM FOCO
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
O OLEIRO
Lá vai Miguel de Geraldo para terra
Cavoucar, bate enxada e picareta até
O rosto suar, cava o barro faz a telha
Pra nossas casa findar.
Assim vivi o velho oleiro sempre no
Seu habitat , faça frio ou faça sol
Mais dele não quer largar, sem
Invernos ou com chuvas dele jamais
Sairá.
Tem braços fortes e destreza, sisudo
Qual lampião, tem conversa bem
Curtinha pra ele é sim ou não seu
Cigarro de pacaia ele tem por devoção.
Sem pilhéria, e arrojado é homem de
Decisão pra ele tomar chegada e desfeita
Meu irmão; com ele ou vai ou racha não
Fica na indecisão.
É sujeito destemido e também de exatidão
Um fio do seu bigode, é a sua assercão
Tem sempre esforços mutuo, pra não lhe
Faltar razão.
E lá foi o velho oleiro, o enigmático
Enfrentar, com braços fracos e voz
Tremula, onde ás chagas fez morar,
Ao encontro do divino, longe do seu
Habitat.
Todos Direito Reservados ao Autor:
Vantuilo Gonçalves
Dedico este poema a meu tio Miguel Moreira Homem bom e de muita garra.
Foi exatamente ele que me fez enxergar a vida pela óptica da verdade,buscando
a cada dia saber enfrentaras dificuldades que até hoje vida não me faz fugir.
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