POESIAS EM FOCO

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

PENSANDO EM VOCÊ


Todos os dias do meu rancho, ao raiar do
sol vejo na distancia teus graciosos olhos
verdejantes confundirem-se com a nitidez
reluzente das marés que serpenteiam faceiras
Meu mural de esperanças.
Ali bebo do mais puro e adocicado beijo,
mesmo que distante estejas, sinto o toque
dos teus carnudos lábios acariciar meus
pensamentos.
E passas qual nevoeiro em meus dias,
deixando-me somente ao deleite da tua
candura de menina donzela que anseia e espera
efemérides do ser amado.

MENINO DE RUA


Eu sou a incoerência dos senhoris
do poder que trazem em egos inflados
o seu pouco perceber, sou o lixo
irreclamável sou o frívolo viver

Sou a cena em tela plana; a insensatez
humana lá do planalto central,sou uma
briga amiude sou sem vida sou o grude
dos bancos das catedrais

Sou testemunho demente dos que vivem
no poder sou esgoto á céu aberto o
rumino do poder, um menestrel sem
aurora sou o lúgubre viver

Sou plano politiqueiro em tempo de
eleições, promessas sem vela acesas,
sou devoto sem razão, sou o pão
amofinado bicho solto na multidão.

QUANDO


Quando a noite fria bebe a neblina
dos meus olhos que cansados choram
pelo o teu sinal, penso em você.
Quando o sussurro da brisa leve me
toca aos ouvidos,e leva-me aos píncaros
dos meus pensamentos sinuosos, penso em você.
Quando tua candura de menina moça
corre rumo ao mar bravio do meu
furtivo querer, penso em você.
Mais quando a voz da esperança vagueia
minh' alma e se faz grito, caio na mais
Cruel realidade tu não me pretences.

EU QUERO


Quero ser a canção que toca aos
teus ouvidos em arpejos profundos,
o ninar das tuas saudades em noites
lúgubres quero ser seu bastão e guia

Quero ser teu apelo cálido, fazer do
teu corpo minha moraria e naufragar
demente nessa boca que a muitos
fascina, e a me faz sonhar

Quero navegar no teu suor sem
regras e sem rumo, ser o ditador dos
teus pensamento mais íntimos, ser
teu errantes sabor carnal

Quero ser o dedilhar manso e intenso
em sua vulva, o indómito libido, ser
o cavalgar frenético, e ver teu corpo
desnudo chegar a exaustão do amor.



Todos direitos reservados ao autor

Vantuilo Gonçalves

20 de Novembro 2009

CLAMOR


És meu vício de amar, iluminou minha
vida qual relâmpado a clarear minhas
noites de pálidos viver, e feito um um
colossal redemoinho desapareceu sem
nada me dizer
Ó senhora, senhora... por ande andas? O
que fez da minha vida?
Se outrora servia-me de guarida e guia
hoje e tão somente um sofrer, que aos
pouco definha um corpo que solitário
clama por tua presença,
Vem senhora, vem... e tira da minh”alma
esse penar que teus dias de emudecimento
fez transformar em lúgubres, vem minimizar
a febre que em meu corpo fez moradia, vem
ser meus bastão; vem guiar-me novamente
nas trilhas do amor,
Vem senhora... vem.



Todos direitos reservados ao autor

Vantuilo Gonçalves

FURTIVO QUERER


És um misto de saudade e ira, muitas vezes
um toque peçonhento que dilacera
descomunal meus tímpanos
atordoado meus dias

És o rosto espécime de menina doce, mais que
deixa transbordar no seio o indómito de mulher;
teus cabelos em desalinhos e tua boca cálida
faz -me viajar nas entranhas do teu intimo inferno,

Gozo na bravura desse rosto sem riso,
mais que eloquente faz convencer a todos
que degusta do teu amargo veneno

És albatroz na amplidão do meu
universo perdido, pilastra segura e eficaz no
meu querer, o demônio que em
meu ser habita

És o cálamo que em minhas mãos arde a
escrever, o invocar da esperança, o medo de
falar o quanto te admiro, o quanto
se faz eficaz no meu peregrinar
nas veredas do amor...
És meu demente e furtivo querer.

*~*

Todos os diretos reservados ao autor

Vantuilo Gonçalves

DAMA DO ASFALTO


Com faceiros passos machucante
lá vai ela a dama do asfalto, em seu
corpo ilusões errantes, degradantes
anseios da carne

Com seus passos vagueia nas ruas,
a procura do negro vazio em teu seio
lateja a esperança de um dia mudar o
caminho

Se é de dia mantém se sozinha, como
guia a negra solidão, pensamento de
auroras perdidas, e o encontro com a
solidão

Quando é noite as luzes se acendem
segue a dama sempre a mesma dor,
pra labuta vender o seu corpo, sem
desejos sem gozo sem cor.

AVIDEZ D"ALMA


Eis-me menino vadio no proscénio da vida,
de mala e cuia sem pão sem guarida, a viver
da ilusão de um profano e mundano amor,
que indómito corrói minh”alma.

Eis-me poeta de lágrimas viçosas, nascentes
de águas mansas que neblinam pela tua cruel
insensata ausência; e como serpentinas ao
vento vejo desgalgar minhas esperanças

Eis-me o proliferar da tua avidez, a gana do
corpo e alma, o astuto jeito meloso, o toque
profundo no teu mais quieto íntimo, o vagueio
fatigante na vulva

Eis-me a sofreguidão do teu sim que a cada dia
e noites faz-me correr em desabalados sonhos
rumo aos teus lábios, e NELES minhas utopias
reclinam minha boca a tua e juntos chegamos
aos AIS do amor.



Vantuilo Gonçalves
04 de dezembro de 2009

BUSCANDO VOCÊ


Vou percorrendo caminhos distantes
do teu olhar, vejo madrugada a dentro
meus sonhos desbalizar, feito um trem
tresloucado em busca do teu chegar

Vou bebendo o amargo vinho que tu a
mim ofertou, fico demente no trago que
trago do teu amor, sou menestrel sem
fronteiras cantando amaga dor.

Sou um albatroz errante na imensidão
a penar, sou voraz busco sem rumo a
luz do teu meigo olhar, definhando dia
e noite no mundo a te procurar.

indómito sigo alheado, no seio a solidão,
percorro paragens múltiplas comigo a
sofreguidão te encontro em nuvens frios
te perco em dementes mãos.



Todos direitos reservados ao autor

Vantuilo Gonçalves

AMOR POR INTEIRO

Veio como neblina rasteira, e de mansinho
desaguou em meu coração, fez minha aurora
perdida tomar rumo encontrar o chão, fez-me
tresloucado menino, um pássaro na amplidão.
Entrou sem bater a porta de um coração já
sofrido, encarquilhado e ferido pela negra
ilusão, fez moraria constante, deu arranco
foi adiante, bicho solto sem razão
Mergulhou como do nada, nadando em meu
coração adormecido e sem tato absorto e
sem razão, mim deu céu, mim deu guarida
tirou-me a sofreguidão
Com candura de menina fez meus dias versejar,
teus carnudos lábios rubro um farol a me guiar,
Neles bebo todos os dias o mais gostoso manjar,





Todos direitos reservado ao autor


Vantuilo Gonçalves

DOCE QUIMERA


És minha doce quimera, a volúpia que
em meu peito arde, minha inquietude da
carne, meu tímido gosto de amar, meu
versejo eloquente meu Clandestino gostar

És a procura constante meu desejo em
nuvens brancas frenesi e mitigar,
prelúdio em toques sonantes na alma a
mim despertar

És inebrio d'alma a espera em noites frias,
a mais tenra melodia sussurro a me convocar
a viajar na utopia delirar de alegria
no teu corpo a deslizar

És labuta dos meus pensamentos, o meu
descontentamento quando longe assim está,
se me escutas ôh, senhora! vem correndo
vem agora, os meus desejos matar.

DOIDIVANAS


Chegou sorrateiramente e em
meu coração fez moradia; tens
no rosto a candura de menina
mais sei; és leviana roubou meu
destino

Chegou como aragem mansa e
sacudiu de mansinho a estrutura
do meu penado seio, teceu em
minhas esperanças um furtivo
querer

Chegou como prelúdio em meu
íntimo, molhou o adormecido;
vulcão que tanto esperou-te , e
sem mais delongas fugiu qual
fumaça ao vento

Chegou feito doidivanas sem
lenço e sem documentos partiu
deixando em meus dias somente
o amargor, de um querer que
tresloucado tateio encontrar

QUISERA EU


Quisera beber do seu vício, ser o
ungir que em teu corpo navega, a
nitidez em palavras que dos teus
lábios saem.

Quisera ser tua secura e fome, o
labor das suas mãos vagando sem
regras e sem rumo em busca do mais
íntimo recanto de prazer

Quisera ser essa candura que nasce
qual sol de verão em teu rosto, essa
garoa matutino que da tua boca emana,
o proliferar do teu querer

Quisera ser o ladear das suas utopias,
a obsessão da carne delirante de um
prazer supremo, ser teu quinhão...
o cálido prazer em AIS

MEU NATAL



O natal estar chegando, relembro meus
Madrigais, minha casa, minha rua, os
Sonhos e ideais, meus brinquedos de
Menino que não voltarão jamais

Guardo nítidas lembranças, dos meus
Natais de alegrias, quando juntavam-se
Todos lá da nossa moraria, pra reverenciar
Jesus , que no momento nascia.


O sino lá da matriz indicava A chegada,
Do meu menino Jesus, que em nós se fez
Morada, e nos conduz nessa vida a uma
Longa jornada.

Na meia noite sagrada, meus olhos se
Reluziam cheio de ansiedades vibravam
De alegria, c om a chegada de Jesus,
primogênito de Maria.

Hoje o tempo passou, meus madrigais
Não tem mais, foi embora meus brinquedos
só restou meus ideais, e as doces
Recordações dos meus alegres natais.

DONA DO MEU MUNDO


Como é doce sonhar sentir mesmo
que distante em utopias nuas o exalar
do teu perfume, esse perfume que como
o mais puro licor inebria minh'alma

Amo quando passas faceira qual brisa
vespertina atordoando meus pensamentos,
que furtivos desnuda por inteira esse corpo
de fêmea fatal

Amo esse batom atrevido que maroto
viaja em meu corpo feito plumas
ao vento, acariciando minh'alma
já tão cansada por um sinal

Sinto mesmo que distante em tuas doces
palavras quão se faz necessária em
minha vida, e como repentinamente
tornara-se dona do meu mundo... do meu mundo...

PRELÚDIOS DO AMOR

Como prelúdio ouço ainda que distante
em noite fria o sussurro de tua boca
preguiçosamente inebriar meus tímpanos
em volúpias clandestinas

E feito menino, tresloucado deixo-me lambuzar
por melosas palavras que como brisa leve
de mansinho convida-me ao pecado
mais íntimos

E em toques susteis minhas fantasias faz-me
despertar , e novamente volto a galgar a
enfadonha trilhar de uma ilusão que
faz-me definhar.

AMOR MEU

Amor meu meu bem querer
minha vida orbita em torno de
ti; se a vida é assim eterna, pela
consciência sabemos disso

Amor meu meu bem querer
somente contigo a eternidade ganha
sentido, serás para sempre o farol a
guiar-me nos mares bravios do querer

Amor meu meu bem querer
há muito fugia do vício de amar mais
foi vasculhando no meu universo
de quimeras perdida que te encontrei...

Doravante meu viver será somente seu,
quero ser a brisa que em teu corpo faz
moradia, ser o acalanto quando precisar,
ser o quinhão e bastão a guiar-te nas veredas
do amor do amor...




Todos direitos reservados ao autor
Vantuilo Gonçalves

NÃO PUDE TOCAR-TE


Na distancia das minhas esperanças vi-te
passar, bonançosas qual maré de outono
ladeando meu sofrer, era realmente o que
pensei, um anjo de ternura candura ímpar

Quis tocar-te, dizer estou aqui, veja-me...
mas lembrei que o ditador destino assim
quis; eu sol você lua, sem choque ou
encontros, somente o furtivos querer

E assim sigo, um menestrel sem acorde,
pelegrino de um amor que aos poucos
definha meus dias deixando meu querer a
mercê de um dia por acaso tocar-te

Sei senhora minha que um dia esse ditador
terrível, o destina; há de abrir ás portas
que faz-nos distanciamos, daí então cairei
em teus braços em tresloucado amor.


Todos os direitos reservados ao autor

Vantuilo Gonçalves

ENFIM TE TENHO


Enfim te vejo- enfim posso dizer-te das
minhas amarguras longe dos teus braços,
falar-te sussurrando que não cessei de
querer-te...

Dizer-te sem amargor da tua ausência e
com coração alforriado quão penados
foram meus dias, e que cruas foram as
ânsias dos teus olhos afastados...

Dizer-te sem amarras do amor o quanto
derramei meus lamentos em noites frias
e surdas, falar-te sem temor o quanto se
faz necessária em meu viver

E seguindo rogo a Deus pai clemente por
dádiva ímpar, que seja longo meus dias,
que esse amor perdure até a eternidade, e
que a sombra dos teus olhos velem-me
para sempre.


Todos os direitos reservado ao autor
Vantuilo Gonçalves

OLHAR


Teu olhar é fonte viva de delicias
e prazer e lago de águas límpidas é
quinhão é bem querer, e doce
galgar na vida é aurora é florescer

Teu olhar é inebrio extasiar de ternura
mitiga a dor de amar atenua a lamúria,
singra indómito no peito, é eficaz,
ele é cura

Teu olhar é cristal ébano é risco de
tentações prelúdio de primavera é carro
na contra – mão, é doce fruto d'alma
é volúpia é exatidão

Teu olhar é versejar e farol na
escuridão é peixe livre no mar
é pássaro na amplidão é o desejo
de amar é tudo afinal então.

ORGIAS


Remexe devagarinho soluça sem sentir dor
se abriga dentro do peito sem lamúria sem
pudor faz do meu corpo moradia geme
louquinha de amor

Se deita no céu que gera o sussurro bem
baixinho sente o doce a primavera o frenesi
de carinhos delira no cavalgar lambuza-se
no meu ninho

Cavalga em doces orgias navega no doce
mel fala baixinho no ouvido que sou o seu
menestrel inebria-se indómita faz do meu
corpo carrossel

Em delírio absortos perde o siso a razão singra
no gozo matreiro em volúpias de paixão galga
o monte do pecado verbera a exaustão .




Todos direitos reservados ao autor

Vantuilo Gonçalves

TEU SORRISO


Teu sorriso enobrece a natureza é prelúdio
da mais fina canção é versejo cantado em
comunhão sacramento do nosso pai divino,
a beleza da rosa purpurina navegar nos
mares da paixão

Teu sorriso é galga do sofrimento e arpejo
da doce melodia e ternura é a estrela guia
que ensandece meus dias de temor, é meu
conto minha doce utopia meu deleite em
noites de clamor

Teu sorriso é fonte de prazer e desejo é
doce encantamento a querência e cálidos
momentos que meu corpo queima em querer,
é imerso em meus pensamentos é o delato do
meu sofrimento o afã do mais puro querer

Teu sorriso é nado em águas límpidas a
aragem em noites de verão, o arraigar da
exatidão, a candura do doce colibri, o libido o
meu exaurir meus sofrego meu mar de ilusão.


direitos reservados autor
Vantuilo Gonçalves

ANJO BENDITO


Anjo  bendito  que  sorrateiro  chegou em
minha  vida e  com seu puder  de sedução
transpôs em meus dias o mais tenro sabor
de amar.

Anjo bendito  que  com melindre  e  mãos
quentes  e  ávidas   acariciou  minh' alma
já tão enfadonha de um existir que pensei
não  mais vir.

Oh! meu anjo de  madeixas  ébano, tu me e
necessário, pois só tu, tão somente tu; sabes
arraigar   meu  viver  com  afáveis toques
n'alma

Oh! meu anjo supremo, quero sôfrego beber
do  doce  néctar  dos teus beijos, quero ser a
gana  das  suas  noites de  orgias, a exaustão
em seu corpo, o galopar dos teus ais.

Vantuilo Goçalves

MENESTREL


Em escrevo versos com labor, eu
caminho em campos minados, vou
falando a corações alados, que como
eu campeia a mesma dor.

Vou sangrando em rubras cicatrizes,
vou cantando versos a meretrizes,
neste mundo vil
de desamor

Na masmorra onde gemem condenados,
vou levando meu terno acalento as pessoas
onde o tormento, já lhe fez outrora
condenado

Vou solando a doce melodia pra os
que choram em seios conotados, os que
vivem em quartos separados os que
buscam o encontro com alforria.



Todos os direitos reservados ao autor

Vantuilo Gonçalves


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